Professores?? Coitados...

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Este post vem como forma de desabafo e demonstração do meu profundo desagrado com tudo o que tem envolvido a Carreira Docente nos últimos tempos...

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Como é do conhecimento da maioria das pessoas que vê diariamente um pouco de TV, ou lê um qualquer jornal ou mesmo revista Cor-de-Rosa, a Classe Docente do nosso país é constantemente "atacada" em diversos sentidos... Quer seja pelo espectacular Ministério que possuímos (que é super-esperto e não necessita de ouvir a opinião daqueles que representam a Classe, os sindicatos, nem de ninguém...), quer seja pelo comum cidadão (que diz que os professores são os maiores "calões" que existem... mas são eles que educam os filhos de todos nós...), passando pelos media que adoram fazer histórias da "carochinha" acerca de tudo o que se passa no meio (ridicularizando na maior parte das vezes os professores!), acabando nos próprios Alunos e mesmo Encarregados de Educação que resolvem fazer justiça pelas próprias mãos... (e no próximo ano lectivo estes vão ser os avaliadores das competências dos docentes...)!

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Sinceramente... não sei onde isto vai parar... já não para falar dos milhares de professores que anualmente ficam no desemprego, sem colocação se calhar para o resto das suas vidas (podemos vê-los aos montes em uma qualquer caixa do Modelo, ou numa Zara...), tendo perdido 4 ou 5 anos das suas vidas a estudar para nada... :(

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Gostava de partilhar convosco alguns excertos de um outro desabafo, um pouco mais construtivo e talvez positivo que o meu, que eu tive a oportunidade de ler no outro dia no Jornal de Notícias do Barreiro (edição nº256, de 7 de Junho de 2006, pág. 6). Sei que é bastante extenso, mas vale a pena ler...

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É da autoria de um Professor, de seu nome Paulo Marques, sendo o título do artigo:

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"O segredo do sucesso: a lei da atracção"

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_Atraímos por ressonância tudo o que estiver na mesma frequência ou comprimento de onda. Vibrações altas atraem circustâncias, pessoas e acontecimentos de alta vibração. Vibrações baixas atraem circunstâncias, pessoas e acontecimentos de baixa vibração.

_Lynn Grabhorn em "Desculpe, mas... a sua vida está à espera", dá-nos o segredo capaz de nos transformar "em criadores intencionais em vez de criadores acidentais". Diz a autora, que baseados na "crença pessimista de que provavelmente não vamos conseguir o que queremos", porque nos fizeram "acreditar que a maioria dos nossos Quereres não só são coisas inadmissíveis, egoístas e interesseiras, como são absurdamente impossíveis", e inquietados pelo medo, pela culpa, pela censura ou pela dúvida, somos levados a pensar naquilo que não temos, que nos falta e pelo qual ansiamos, e por isso a sentir angústia, receio, agonia, ansiedade e a magnetizar negação, carência, dificuldades, problemas, sob a forma de acontecimentos de baixa frequência.

_Se nos mantivermos concentrados com paixão e entusiasmo na coisa em si e não na sua ausência, sendo levados a imaginar e a "sentir a partir do lugar desse Querer", começamos a vibrar, e ao vibrar a atrair e a materializar o nosso desejo.(...)

_Quantas vezes não sabotamos incoscientemente o nosso próprio sucesso por não nos acharmos verdadeiramente merecedores dele, por não estarmos dispostos a envidar todos os esforços necessários, ou por recearmos as transformações que ele traria para a nossa vida?

_Não somos vítimas do acaso como muitos inocentemente acreditam, mas promotores da energia necessária à realização de todas as iniciativas em que nos envolvemos.

_E porque existimos independentemente dos outros mas coexistimos interdependentemente dos outros, não é alheio para o nosso crescimento o facto do local de trabalho ser um espaço privilegiado para fazer, manter e aprofundar relações afectivas, onde nos podemos enfrentar a nós próprios, trancendendo-nos, superando os limites e crescendo no colectivo.

_Acontece que num tempo vincadamente materialista impera no mundo do trabalho um espírito de hostilidade e competição, acentuado com o espectro do desemprego e da instabilidade profissional, em que os indivíduos se afrontam e atropelam constantemente uns aos outros, pensando assim tornar mais célere o caminho até ao sucesso. E o sucesso é um objectivo muito nobre, desde que não obtido a qualquer preço...

_Os colegas posicionam-se frequentemente na postura do "cada um por si, salve-se quem puder", imperando a "esperteza" e o "desenrasque", negligenciam o sentido de camaradagem, alimentam a mentira, a maldade, a exposição da vida e dos sentimentos privados dos outros.

_Os media promovem e tornam públicos, não aqueles que com o seu trabalho dão importantes contributos ao Mundo e que se distinguem inovadora e criativamente em determinadas áreas, mas os que nada fizeram de relevante. Alimentando o populismo mediático, criando equívocos, substituindo o essencial pelo acessório, promovendo a mediocridade do vedetismo temporário, incorrem no perigo de modelar as novas gerações.(...)

_Tornámo-nos escravos das nossas necessidades e prazeres e transformámos o trabalho, acto criativo de amor, numa obrigação rotineira e constrangedora que cumprimos penosamente todos os dias e que nos cansa e desgasta, sendo geradora de mal-estar e stresse.

_É urgente uma ética para o trabalho que nos traga um bem-estar profissional a nível físico e psíquico mas também a nível espiritual, num alinhamento entre a nossa personalidade e a nossa alma, pois jamais poderemos separar o que fazemos daquilo em que acreditamos. Que as múltiplas solidões dêem lugar a uma solidariedade em uníssono que nos permita aprender a comunicar e interagir em trabalho de equipa, esforçando-nos por causas comuns.

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Não sei se leram tudo, mas eu senti-me bastante... "enquadrado" com muitas das passagens da opinião deste colega... Lamentavelmente, a nossa Carreira parece destinada a continuar a sofrer com todo o "esquema" que diariamente é montado no sentido de desacreditar, desmotivar e desmoralizar todo o corpo docente nacional... É pena, pois assim irá ser muito difícil ajudar Portugal a deixar de ocupar os lugares cimeiros dos países mais analfabetos, incultos entre outras coisas...

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