segunda-feira, março 12, 2007

É só cultura...

Não... ainda não é desta que ponho novamente post's sobre Escalada....
.

As minhas sinceras desculpas aos visitantes habituais que procura as novidades do fim-de-semana de escalada, dos últimos encadeamentos ou das novas vias equipadas, mas estes últimos 2 fins-de-semana houve muito pouca escalada, pois estive a leccionar mais um Curso de Iniciação à Escalada em Rocha, a 6 novos e fresquinhos praticantes da nossa bem amada modalidade...
.
Como tal, aproveitei para enriquecer os horizontes culturais, e fui 2 vezes ao teatro (ganda maluco!!!), ver na 1ª o Hamlet (post anterior) e no sábado passado "Moby Dick" (como já tinha previsto).
.
Em relação a esta peça, da autoria de Herman Mellvile, com encenação de António Pires, posso adiantar que vale muito a pena ir ver...
.
Com um elenco de actores bastante conhecidos tanto dos palcos como da TV (Maria Ruef, Miguel Guilherme, etc.), a peça foi quase sempre desenrolando-se a um ritmo bastante rápido e vertiginoso, intercalando entre cenas bastante cómicas, com outras de crítica social, passando pelas típicas deabulanções...
.
Tive muito menos vontade de fechar os olhos do que na peça Hamlet, pois as sucessivas intervenções e falas de alguns personagens faziam com que nos mantivessemos bastante atentos e entusiasmados com o desenrolar da história...
.
Resumidamente: se puderem, vão ver!!!
.
Por outro lado, e depois de ter ficado com a pulga atrás da orelha após o FantasPorto (e de ter visto as nomeações para os Óscares e da referência no blog do Dalai...), na 2ª feira fui ao cinema ver: El Laberinto de Fauno!


.
.
Sinceramente?!? Depois de ver o trailer, estava à espera de um filme de fábulas, com mundos fantásticos, personagens estranhas, algum suspense, e um final evidentemente feliz...

No entanto, acabou por ser bem melhor que isso! Não foi uma colagem aos filmes do fantástico das fadas e dos mundos de fantasia (tipo Alice no País das Maravilhas), mas sim uma ilustração de factos bem mais reais e frios que assolaram o povo espanhol após o término da guerra civil. Faz um retrato bem cruel e frio do que é viver confrontos num teatro de guerra, onde ocorrem "crimes" terríveis, muitas vezes com a única justificação que na guerra alguém sai sempre a perder...

Bem fabulástico, mesmo nas cenas com personagens do imaginário, com uma caracterização muito bem conseguida, e procurando sempre aproveitar-se da inocência de Ofélia para traçar tarefas bem irreais e do imaginário, culminando num final pouco feliz para quase todas as personagens...

Também aconselho....

Etiquetas: ,