Equipar...

Mais um fim-de-semana que passou, e mais um fim-de-semana que pouco escalei...

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No sábado fui fazer uma visitinha a uma escola de escalada que me viu nascer e crescer como escalador: Rocha da Pena!

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Iniciei as minhas lides da escalada nesta aconchegante escola plantada na Serra Algarvia, bem junto a Salir, já lá vão mais ou menos uns... 8 anitos (sem contar que a 1ª vez que lá escalei foi no 10º ano de escolaridade, e assim já lá vão uns 11 anos...)!

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Comecei como a maioria dos escaladores começam, pelos Vºs, 6a's, 6a+, e por aí fora, umas vezes mais depressa outras mais devagar, até chegar à barreira psicológica do 7a!

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Não sei porquê que na escalada existem determinados graus que nos provocam barreiras psicológicas... muitas vezes já possuímos capacidades mais que suficientes para encadear graus mais duros, mas aqueles númerozitos e letrinhas e sinais são incomodativos à brava!!!

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Mas enfim...

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Acabei por passar essa barreira fora do país, numa das minhas 1ªs incursões a Espanha, nomeadamente na muito agradável escola e zona de escalada perto de Tarifa, no Sul de Espanha, San Bartolo, tendo sido a via a "Fue como un sueño" 7a (nome bem apropriado para o 1º 7a, não acham?).

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Depois disso, só voltei a ter a barreira psicológica com o grau de 7b... e depois com o de 7b+.... e depois com o de 7c.... e agora com o de 7c+.... paciência!

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Isto tudo para apenas chegar ao que me levou a escrever este post sobre o fim-de-semana... lol

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No sábado, como comecei por dizer, fui com o Marc até à Rocha da Pena, onde já não ia nem sei desde quando. Fomos fazer um pouco de afitriões, pois estavam cá um grupo, e que grande grupo!, de cerca de 40 escaladores pertecentes ao CAAL de Lisboa. Este clube é um espectáculo no que toca a mobilizar sócios a participar nas saídas de escalada que organiza! Tudo malta bem disposta, a disfrutar imenso das vias e do belo sol algarvio que se fazia sentir. Voltem sempre que queiram!

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Acabámos por não escalar muito, não só porque os sectores estavam quase todos ocupados, mas porque mais uma vez estive armado em pedreiro... ou seja, andei a dar toques e retoques onde era necessário, reequipar uns parabolts, pôr uns novos, fazer uns furos, limpar umas presas, magnesiar outras, entre outras coisas...

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Nos últimos tempos tem sido uma das coisas que mais prazer me dá fazer em prol da modalidade, equipar! Quer seja vias mais duras, quer sejam mais fáceis, a arte inerente ao equipamento de uma nova linha é espectacularmente gratificante... nem sempre elas nascem como nós queremos, umas dão mais trabalho do que outras, mas isso também e como tudo, nem sempre as coisas são fáceis e dadas... muitas vezes há que suar e pensar e repensar se aquela protecção fica melhor ali ou acolá, se aquela presa duvidosa deverá levar uma martelada ou não... e por aí fora.

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Já não é a 1ª vez que equipo na Rocha da Pena e nem será a última! Já equipei de tudo, desde vias mais fáceis a vias médias, passando pelas duras e pelos projectos! Quando cá vierem têm que experimentar pelo menos algumas delas: Marafada 6c+, Toca do Zangão 7a, Mundos Paralelos 7b e Velhos Fantasmas 7b+.

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Desta vez saiu uma bem fácil e engraçada, com um passito duro típico desta Escola, tendo sido baptizada com o bonito nome de "Bateria Voadora", de grau 6b, no sector Escadas do Inferno. Esta linha era mais uma daquelas que já tava vista há muito tempo, todos já tinham olhado para ela e dito "aqui dá linha!", inclusivamente já aparecia nos croquis com o nome de projecto Trinca Dedos (NM), mas equipá-la? Pendurar-se a fazer furos? Pois é... dá um bocadinho de mais trabalho do que pegar na caneta e apontar num croqui...

A equipar na Rocha da Pena